Mesmo com avanços, diagnóstico do câncer infantojuvenil ainda é um desafio na medicina
Estima-se que, no mundo, todos os anos, 215 mil novos casos da doença são diagnosticados em crianças menores de 15 anos.
Em 2004, Gersiane Carvalho seguia a sua vida normalmente e dividia o tempo entre o trabalho como promotora de vendas e o filho, Hugo, de apenas dois anos de idade. Ela conta que o menino sempre foi muito quieto, mas nunca havia percebido nada de estranho no comportamento da criança, até que um dia ele bateu com a cabeça na mesa de jantar e formou um hematoma volumoso que persistiu, sem nenhuma melhora, por quase 15 dias. Preocupada, ela levou o filho para uma consulta com a pediatra. No mesmo dia foram realizados vários exames até vir o diagnóstico: câncer no sangue, também conhecido como leucemia.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) a estimativa é que, no Brasil, ocorram no triênio 2020-2022, pelo menos 8.460 novos casos de câncer infantojuvenil (entre zero e 19 anos). No mundo, esse número sobe para 215 mil novos casos, todos os anos, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. O Dia 15 de fevereiro é o dia Internacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil e tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação sobre a doença, cujo maior desafio da medicina é o diagnóstico precoce.