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Ufopa obtém primeira carta patente com invenção de compostos farmacêuticos feitos do extrato de uma planta amazônica

PESQUISA MURUMURU Belém

Ufopa obtém primeira carta patente com invenção de compostos farmacêuticos feitos do extrato de uma planta amazônica

A Universidade Federal do Oeste do Pará conquistou sua patente junto ao INPI-Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A descoberta servirá como base para indústria farmacêutica 

Nome do Artista - 2 PATENTE GEL DE MURURU.mp3
O pedido de concessão da patente para o gel de murumuru foi feito em 2015, mas a publicação da carta aconteceu final de fevereiro deste ano pela Revista de Propriedade Industrial. O Murumuru é uma planta de origem amazônica, popular entre os indígenas para fins medicinais e alimentação. 

O murumuzeiro é uma palmeira espinhosa, em forma de touceiras, de pequeno porte. A manteiga de murumuru é extraída dos frutos em forma de amêndoa, dela é retirada uma polpa amarelada, adocicada e com sabor agradável. A amêndoa já é utilizada na indústria de cosméticos para a preparação de sabonetes, shampoos, óleos e cremes, para pele e cabelos; além disso também é usada para fabricar artesanato como bio-joias. Agora o gel de murumuru será utilizado como base farmacêutica, após a aprovação da patente. 

Além da grande versatilidade a composição farmacêutica de origem vegetal, produzida a partir da manteiga do murumuru, é biodegradável e biocompatível, reduzindo as chances de reações adversas, como alergias e irritações na pele e mucosas  o gel apresenta vários benefícios farmacológicos.

De acordo com os autores da pesquisa a descoberta vai agregar valor às matérias-primas da região amazônica, desenvolvendo produtos farmacêuticos "verdes", versáteis, de fácil reprodutibilidade e com vantagens tecnológicas significativas para resolver problemas de saúde recorrentes na sociedade. 

A composição farmacêutica baseada em manteiga de murumuru já está sendo utilizada em várias pesquisas, desde o desenvolvimento de produto veterinário com extratos vegetais até produtos medicamentosos para o tratamento de cicatrização em humanos. Com a patente, a Ufopa terá o direito exclusivo de uso, produção, comercialização e importação da tecnologia pelo prazo de 20 anos, a contar de 10 de dezembro de 2015, data da solicitação do pedido de concessão. 
Produto será feito a partir de resíduos da planta amazônica. Foto: Luena Barros.

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A publicação foi produzida em meio a pandemia e reflete sobre os gêneros, classe, raça e busca compreender a sociedade brasileira. A Obra está disponível para download gratuito no site do PPGCom UFPA, no Sigaa.ufpa.br
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